Antes de mais nada, perdão pelo sumiço às leitoras que me acompanham.
Pensei em explicar motivos mas acredito que quando se escreve um blog focado em desabafo e ajuda para um problema em comum, a gente sabe automaticamente que nem sempre é possível ser assídua. As prioridades de tempo são complexas e quando não há nada de efetivo a dizer o melhor é silenciar... e viver.
Pensei em explicar motivos mas acredito que quando se escreve um blog focado em desabafo e ajuda para um problema em comum, a gente sabe automaticamente que nem sempre é possível ser assídua. As prioridades de tempo são complexas e quando não há nada de efetivo a dizer o melhor é silenciar... e viver.
Bem, estive vivendo meu tratamento.
Esta postagem é mais um agradecimento ao parceirão que a vida me deu.
Eu e o esposo convivemos com o vaginismo desde muito antes de nos casarmos e me alegrou profundamente perceber que, mesmo após tanta frustração e lágrimas, ele não desistiu de nós, mesmo quando eu quase o fiz.
Eu e o esposo convivemos com o vaginismo desde muito antes de nos casarmos e me alegrou profundamente perceber que, mesmo após tanta frustração e lágrimas, ele não desistiu de nós, mesmo quando eu quase o fiz.
Minha sexóloga me trouxe a uma etapa do tratamento mais focada em materializar mudanças. Chegou a fase de tentar, tentar e tentar. Eu fugi disso por muito tempo. Mesmo lutando tanto no meu emocional contra as consequências do vaginismo em minha vida, o físico era ainda preservado e, emocional entendido e adiantado,
era a vez do corpo.
era a vez do corpo.
Voltei com força total aos exercícios da fisioterapia e uso de dilatadores, mas após duas semanas neste treinamento o resultado ainda era mais lento do que eu gostaria. Então, após perceber que um nó na minha garganta estava formado e piorava, identifiquei em mim sinais de depressão...
Uma crise de choro. Poucas lágrimas. O tal nó insuportável. Pressão no peito. Cansaço.
Ele resolveu intervir efetivamente e quando perguntei o porquê explicou que doeu me ver assim... Vejam bem, quando ainda morava com minha mãe eu chorava muito, nosso relacionamento mãe e filha (que hoje é ótimo) estava péssimo e eu me sentia constantemente afrontada e humilhada. Depois de casar essas lágrimas haviam parado, até este dia... Foi estranho sentir tanta dor, vontade de sumir e perceber que as lágrimas nem sequer caíam direito, não me traziam a chance de lavar a alma.
Pois bem. O marido buscou inspiração e iniciou comigo um tratamento de dessensibilização que para minha alegria, está funcionando muito bem. É um processo tranquilo, sem pressa, cobranças, mas firme e diário. Uma nova esperança me encheu o peito e eu queria dizer isso aqui.
Sei que um texto que ele leu e parece ter trazido um pouco dessa inspiração veio do Caio Fábio (que parece ser um sujeito polêmico em seu meio religioso, mas honestamente isso não faz diferença alguma para nós) e acredito que muitas mulheres com vaginismo, e seus parceiros, devem ter ouvido falar dele, acho que vale a pena ler e claro, filtrar o que se acha válido. Esse é o link:
http://www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=01677
http://www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=01677
O espelho com o conhecimento, a firmeza para não desistir, as palavras de incentivo para animar e o contato gradativo para curar. Paciência, disciplina, persistência e fé.
Acho importante lembrar também que muitas de nós não tem neste momento um parceiro para ajudar.
Por isso a ajuda profissional (gineco, fisio, terapeuta) é de suma importância.
Por isso a ajuda profissional (gineco, fisio, terapeuta) é de suma importância.
Tem meninas que conseguiram se curar sozinhas, munidas de determinação e disciplina, mas é como eu disse à minha sexóloga: meus problemas de saúde sempre foram físicos, então eu buscava tratamentos, tomava medicações e pronto, resolvido. É a primeira vez que me sento num divã para me curar (eu mesma, nada de remédios) por dentro e sabemos que ainda há ceticismo e preconceitos sobre a efetividade de tratamentos psicológicos. Estou compreendendo a importância deles, mas até pouquíssimo tempo eu fazia parte deste grupo incrédulo. Preciso ser tolerante comigo mesma, compreender minha limitação para daí vencê-la e, que bom, estou conseguindo!
Um mega agradecimento à minha querida Dra. Patrícia por sua firmeza delicada
e ao meu melhor amigo e amado esposo, por toda paciência e dedicação.
Sou abençoada por poder trilhar este caminho com vocês.
E um abençoado Ano Novo a todos nós, repleto de coragem, forças e conquistas!
Vamos fazer de 2015 um dos melhores anos de nossas vidas!
e ao meu melhor amigo e amado esposo, por toda paciência e dedicação.
Sou abençoada por poder trilhar este caminho com vocês.
E um abençoado Ano Novo a todos nós, repleto de coragem, forças e conquistas!
Vamos fazer de 2015 um dos melhores anos de nossas vidas!